Numa empresa, por menor que seja, é praticamente impossível que alguma actividade seja realizada sem a ajuda de outras pessoas, outros departamentos ou ainda de outras empresas (fornecedores ou Clientes).
É extremamente comum precisar-se de informações de outros para realizar determinado trabalho ou ainda ter que passar um problema (ou um trabalho) para que seja resolvido (ou concluído) por outras pessoas.
Acredite, este é um dos maiores motivos de conflitos internos, reclamações de Clientes e prazos ultrapassados. O que acontece na prática é que cada pessoa, cada departamento e cada empresa elegem as suas necessidades e as suas urgências, sem levar em consideração as necessidades dos outros e principalmente sem reconsiderar as urgências nos momentos críticos.
Vamos a um exemplo simples do dia-a-dia: O departamento de marketing precisa de informações sobre a venda de uma determinada linha de produtos para escolher qual o produto que deve ser promovido num anúncio (o anúncio tem um prazo). O departamento de vendas promete entregar os dados necessários o quanto antes, porém, como o objectivo principal do departamento é vender e atender Clientes, as pessoas responsáveis em fornecer os dados acabam passando os dias atrás do objectivo e acabam por deixar os dados para depois (e o prazo acaba por chegar ao fim).
O departamento de Marketing acaba por fazer a promoção do produto que eles acham mais adequado...
Na reunião geral, o departamento de vendas reclama do desperdício de dinheiro utilizado na promoção do produto menos rentável da linha, o departamento de marketing reage sobre o pedido de dados que não foi atendido e assim começa um grande conflito... com consequências possivelmente duradouras...
O que pode ser feito para evitar estes “incidentes” na empresa?
Para se encontrar a resposta, é necessário, inicialmente, analisar a raiz do problema, ou seja, as pessoas no ambiente de trabalho: Na empresa, qualquer pessoa possui um cargo, que engloba uma série de funções e actividades sob a sua responsabilidade, possui um superior, a quem responde, e em alguns casos, subordinados, que podem auxiliar a pessoa nas suas actividades.
Para que tudo funcione bem, a pessoa sabe muito bem que deve executar as suas funções e as suas tarefas com excelência (sem erros e no menor tempo possível), auxiliar o superior caso seja necessário e orientar os subordinados quando for desejável ou necessário.
Actualmente, a procura constante pela redução de custos na empresa, faz com que a empresa reduza o seu quadro de funcionários e a cada dia, uma pessoa torna-se responsável por novas funções e actividades (nas pequenas empresas, o empreendedor desde sempre teve que assumir todas as funções da empresa de uma só vez), ou seja, uma pessoa começa a trabalhar por três ou quatro. Sem muito tempo, uma pessoa tem que escolher sobre o que é mais importante (e mais urgente) no âmbito das suas responsabilidades naquele determinado momento.
Imagine-se só o que acontece quando entra uma outra actividade proveniente de outra pessoa ou outro departamento? O caos!
Entre decidir pela execução das suas actividades ou pela execução dessa actividade “terceira” é normal que a pessoa escolha pelas suas próprias (sim, isso é intrínseco ao ser humano), afinal é melhor garantir o seu do que os dos outros...
Perante isto, continuemos!
O que a “pessoa” não sabe muitas vezes, é que existe algo muito maior do que suas responsabilidades - a empresa! E caso ela não opere bem diante do mercado (cumprindo prazos e objectivos) não haverá função que sobreviva!
É importante fazer com que todos os envolvidos entendam isto!
Deve-se estabelecer as prioridades gerais da empresa (por exemplo: atendimento ao Cliente, planos de divulgação, finanças e assim por diante), se possível com a participação dos colaboradores, e divulgar isso por toda a empresa.
Outro ponto importante é criar uma cultura oposta à da “vítima do departamento mal” (eu pedi a informação, se não deram o problema não é meu), ou seja, enquanto a questão não for resolvida, o problema deve continuar sendo de TODOS (de quem pediu e de quem recebeu o pedido). Vale cobrar as informações (ou perguntar se o caso já foi concluído) quando for possível (sem exageros), manter-se interessado no assunto (se perceber que não terá tempo para o atender, perguntar onde é os dados podem ser encontrados e oferecer-se para procurar os dados, perguntar se existe outra pessoa que possa fornecer os dados, etc.), ser sincero (se você não puder atender o pedido no prazo, explique os motivos e crie outras formas da pessoa conseguir o que deseja, marcar horários para resolverem o problema juntos, etc.
Para que as pessoas não se esqueçam das solicitações (o que é comum ocorrer no meio de uma tempestade de problemas e de actividades), crie um sistema de comunicação de pendentes (pode ser com post-its, tarefas (alertas) no sistema informático ou com um pequeno quadro em cada departamento), onde deverão ser registados o que deve ser feito, o prazo e quem procurar em caso de dúvidas ou problemas.
Assim que estiver concluído, o pendente é excluído tanto do lado de quem pediu como do lado responsável por fazê-lo...
Outra coisa que pode ser feita é pedir para que cada colaborador eleja (e faça uma lista), entre assuas actividades, o que é urgente e o que pode ser deixado para depois. Assim ele saberá, mais facilmente, quando pode abrir uma excepção...
Com certeza as nossas próprias actividades já tomam todo o tempo que temos disponível no trabalho (ou até mais), porém os interesses da empresa são mais importantes do que qualquer função e devem ser colocados em primeiro lugar!!!
sábado, 10 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
O grande dilema das vendas!
Veja o que você (ou a sua empresa) faria em relação à seguinte situação:
O “Fulano” é um bom Cliente! Não compra tanto quanto o “Beltrano”, mas paga atempadamente! Hoje pela manhã ligou-lhe para a sua empresa para fazer uma encomenda – com urgência. O problema é que essa encomenda não atinge o valor mínimo de venda estipulado pela sua empresa!
Você:
a) Nega a venda e diz que é uma regra da empresa?
b) Aceita vender desde que o pagamento seja a pronto e o Cliente levante a encomenda?
c) Aceita vender com o pagamento a pronto e entrega a mercadoria ao Cliente com o máximo de urgência?
d) Ou efectua a venda sob as condições habituais dadas ao Cliente (valor e prazo de pagamento), entrega a mercadoria e não comenta nada a respeito da regra?
Respondeu?
Agora vamos colocar-nos no lugar do Cliente e verificar o seu comportamento em cada uma das situações:
a) Que empresa ingrata! Sempre fui fiel e agora o que acontece? Recusam-se a vender a mercadoria que estou a precisar com urgência! Tudo bem! Sou o Cliente, vou procurar outro fornecedor que me atenda quando eu preciso e a este, nunca mais!
b) Pagar a pronto! Tudo bem... o valor da compra até é pequeno! Mas ainda tenho que ir buscar? Não tenho tempo de sair daqui! É um grande transtorno! Mas tudo bem, lá terá que ser? Estou com urgência... Desta vez vou, mas depois com calma vou procurar outro fornecedor que me entregue e não me deixe descalço!
c) Bom, o valor da compra é inferior ao mínimo e mesmo assim eles entregam a mercadoria ainda hoje! Vou pagar a pronto! Não vejo problemas nisso, porque uma mão lava a outra! E os custos administrativos e banco são altos, não valeria a pena sequer eles facturarem...
d) Óptimo!! Eles vendem mesmo quando o valor total é baixo! A partir de agora vou fazer assim: não terei mais stock deste produto (o stock é muito caro, fora o risco de não vender) e quando o meu Cliente pedir, peço com urgência e eles entregam... Sem nenhum risco para mim!
São reacções bem diferentes...
Nas duas primeiras você pode perder o Cliente, a terceira é a que parece mais razoável e a quarta o Cliente começa a fazer da sua excepção uma regra!
Analisemos mais a fundo cada uma das alternativas!
Começando pela alternativa d): Dizem que o Cliente é quem manda! Dizem que se você fizer tudo o que o Cliente pede atingirá o sucesso... Pois... mas não é bem assim!Quando uma venda é efectuada existem vários custos envolvidos, dentre eles, o custo do dinheiro, os trâmites bancários, o custo de entrega, etc. Para uma venda gerar lucro para a empresa, o seu valor total deve pagar as matérias-primas, os custos de produção e de funcionamento (custos fixos) e ainda os custos mencionados acima! Por exemplo, se efectuar uma venda de Euros 100,00 e gastar Euros 20,00 com transporte, sobrará Euros 80,00! Já de uma venda de Euros 1.000,00 sobraria Euros 980,00.O que estou a tentar dizer é que algumas vendas não valem a pena para a empresa (financeiramente), no entanto, são extremamente importantes para a fidelização do Cliente.Se o Cliente não souber da excepção que a sua empresa abre para determinada venda, como poderá sentir-se “mimado”? Se ele não sabe de nada, achará que não está a fazer nada mais do que a sua obrigação...Ainda, é possível que ele veja nessa forma de comprar uma grande vantagem: não precisa investir em stock e não precisa correr o risco de a mercadoria não se vender! Quando precisar, é só pedir! E é você quem acarretará sempre o prejuízo...
Na situação a):Existem muitas pesquisas que dizem que é muito mais caro recuperar um Cliente perdido do que conquistar um novo! E negar a venda, sem sombra de dúvidas, é a maneira mais rápida de perder um Cliente! Jamais negue uma venda! Tenha sempre na”manga” alguma opção como, por exemplo, preço diferenciado, redução de desconto, pagamento do frete, etc! Entenda a situação do Cliente e tente ajudá-lo da melhor maneira possível! Desta forma, mesmo que não seja como ele desejava, ele poderá perceber que você se esforçou em fazer o melhor (o que estava a seu alcance);
Na situação b):Não há nada de errado em não poder entregar a mercadoria ao Cliente! Mas não deve dizer que não há outra opção a não ser que venha buscar a encomenda, mesmo que a distância não seja grande. Opte por enviar com frete a cobrar no destino ou que o cliente aceite pagar com a encomenda o valor do transporte!Como você, o Cliente também está muito ocupado! Faça o possível para não lhe gerar transtornos! Como diz um velho ditado no mundo dos negócios: “Não traga mais problemas, traga uma solução”!!! E quando se trata do Cliente, a solução (ou o problema) pode trazer bons negócios (ou a perda de um Cliente).
Na situação c):Como já vimos anteriormente, esta parece ser a alternativa mais razoável! Quando o pagamento é feito a pronto (com o mesmo preço praticado a prazo) a sua empresa sai a ganhar porque tem o dinheiro na mão imediatamente (praticamente risco zero) e o Cliente sai também a ganhar por ter o seu pedido satisfeito!
Resumindo:
Atender o Cliente é fundamental! (esta afirmação deve estar acima de qualquer regra de vendas). Como fará isso, se de acordo com as regras da sua empresa ou criando uma excepção mínima, dependerá da sua criatividade e da sua conversa com o Cliente! Sugiro que antes destas situações acontecerem, pense (e escreva) todas as opções possíveis que podem ser utilizadas (desde convencer o Cliente a visitar a sua empresa e levantar a mercadoria a até ser você pagar o frete) e a sequência que utilizará numa negociação (em ordem crescente de prejuízo)!Quando estiver frente a frente com o Cliente, sugira as opções uma a uma! Com certeza uma delas será a melhor opção para os dois: para o Cliente que receberá a mercadoria e para a empresa que manterá o Cliente fidelizado...
Nunca se esqueça:
- Jamais negue uma venda;
- As regras devem ser respeitadas, mas sempre existem excepções;
- Quando abrir uma excepção deixe claro para o Cliente!!! É uma excepção e que somente foi permitida pelo óptimo relacionamento para com o fornecedor (existe forma mais barata de fidelizar o Cliente?)!!!
- Não crie problemas para o Cliente, invente uma solução (de preferência boa para os dois lados).
O “Fulano” é um bom Cliente! Não compra tanto quanto o “Beltrano”, mas paga atempadamente! Hoje pela manhã ligou-lhe para a sua empresa para fazer uma encomenda – com urgência. O problema é que essa encomenda não atinge o valor mínimo de venda estipulado pela sua empresa!
Você:
a) Nega a venda e diz que é uma regra da empresa?
b) Aceita vender desde que o pagamento seja a pronto e o Cliente levante a encomenda?
c) Aceita vender com o pagamento a pronto e entrega a mercadoria ao Cliente com o máximo de urgência?
d) Ou efectua a venda sob as condições habituais dadas ao Cliente (valor e prazo de pagamento), entrega a mercadoria e não comenta nada a respeito da regra?
Respondeu?
Agora vamos colocar-nos no lugar do Cliente e verificar o seu comportamento em cada uma das situações:
a) Que empresa ingrata! Sempre fui fiel e agora o que acontece? Recusam-se a vender a mercadoria que estou a precisar com urgência! Tudo bem! Sou o Cliente, vou procurar outro fornecedor que me atenda quando eu preciso e a este, nunca mais!
b) Pagar a pronto! Tudo bem... o valor da compra até é pequeno! Mas ainda tenho que ir buscar? Não tenho tempo de sair daqui! É um grande transtorno! Mas tudo bem, lá terá que ser? Estou com urgência... Desta vez vou, mas depois com calma vou procurar outro fornecedor que me entregue e não me deixe descalço!
c) Bom, o valor da compra é inferior ao mínimo e mesmo assim eles entregam a mercadoria ainda hoje! Vou pagar a pronto! Não vejo problemas nisso, porque uma mão lava a outra! E os custos administrativos e banco são altos, não valeria a pena sequer eles facturarem...
d) Óptimo!! Eles vendem mesmo quando o valor total é baixo! A partir de agora vou fazer assim: não terei mais stock deste produto (o stock é muito caro, fora o risco de não vender) e quando o meu Cliente pedir, peço com urgência e eles entregam... Sem nenhum risco para mim!
São reacções bem diferentes...
Nas duas primeiras você pode perder o Cliente, a terceira é a que parece mais razoável e a quarta o Cliente começa a fazer da sua excepção uma regra!
Analisemos mais a fundo cada uma das alternativas!
Começando pela alternativa d): Dizem que o Cliente é quem manda! Dizem que se você fizer tudo o que o Cliente pede atingirá o sucesso... Pois... mas não é bem assim!Quando uma venda é efectuada existem vários custos envolvidos, dentre eles, o custo do dinheiro, os trâmites bancários, o custo de entrega, etc. Para uma venda gerar lucro para a empresa, o seu valor total deve pagar as matérias-primas, os custos de produção e de funcionamento (custos fixos) e ainda os custos mencionados acima! Por exemplo, se efectuar uma venda de Euros 100,00 e gastar Euros 20,00 com transporte, sobrará Euros 80,00! Já de uma venda de Euros 1.000,00 sobraria Euros 980,00.O que estou a tentar dizer é que algumas vendas não valem a pena para a empresa (financeiramente), no entanto, são extremamente importantes para a fidelização do Cliente.Se o Cliente não souber da excepção que a sua empresa abre para determinada venda, como poderá sentir-se “mimado”? Se ele não sabe de nada, achará que não está a fazer nada mais do que a sua obrigação...Ainda, é possível que ele veja nessa forma de comprar uma grande vantagem: não precisa investir em stock e não precisa correr o risco de a mercadoria não se vender! Quando precisar, é só pedir! E é você quem acarretará sempre o prejuízo...
Na situação a):Existem muitas pesquisas que dizem que é muito mais caro recuperar um Cliente perdido do que conquistar um novo! E negar a venda, sem sombra de dúvidas, é a maneira mais rápida de perder um Cliente! Jamais negue uma venda! Tenha sempre na”manga” alguma opção como, por exemplo, preço diferenciado, redução de desconto, pagamento do frete, etc! Entenda a situação do Cliente e tente ajudá-lo da melhor maneira possível! Desta forma, mesmo que não seja como ele desejava, ele poderá perceber que você se esforçou em fazer o melhor (o que estava a seu alcance);
Na situação b):Não há nada de errado em não poder entregar a mercadoria ao Cliente! Mas não deve dizer que não há outra opção a não ser que venha buscar a encomenda, mesmo que a distância não seja grande. Opte por enviar com frete a cobrar no destino ou que o cliente aceite pagar com a encomenda o valor do transporte!Como você, o Cliente também está muito ocupado! Faça o possível para não lhe gerar transtornos! Como diz um velho ditado no mundo dos negócios: “Não traga mais problemas, traga uma solução”!!! E quando se trata do Cliente, a solução (ou o problema) pode trazer bons negócios (ou a perda de um Cliente).
Na situação c):Como já vimos anteriormente, esta parece ser a alternativa mais razoável! Quando o pagamento é feito a pronto (com o mesmo preço praticado a prazo) a sua empresa sai a ganhar porque tem o dinheiro na mão imediatamente (praticamente risco zero) e o Cliente sai também a ganhar por ter o seu pedido satisfeito!
Resumindo:
Atender o Cliente é fundamental! (esta afirmação deve estar acima de qualquer regra de vendas). Como fará isso, se de acordo com as regras da sua empresa ou criando uma excepção mínima, dependerá da sua criatividade e da sua conversa com o Cliente! Sugiro que antes destas situações acontecerem, pense (e escreva) todas as opções possíveis que podem ser utilizadas (desde convencer o Cliente a visitar a sua empresa e levantar a mercadoria a até ser você pagar o frete) e a sequência que utilizará numa negociação (em ordem crescente de prejuízo)!Quando estiver frente a frente com o Cliente, sugira as opções uma a uma! Com certeza uma delas será a melhor opção para os dois: para o Cliente que receberá a mercadoria e para a empresa que manterá o Cliente fidelizado...
Nunca se esqueça:
- Jamais negue uma venda;
- As regras devem ser respeitadas, mas sempre existem excepções;
- Quando abrir uma excepção deixe claro para o Cliente!!! É uma excepção e que somente foi permitida pelo óptimo relacionamento para com o fornecedor (existe forma mais barata de fidelizar o Cliente?)!!!
- Não crie problemas para o Cliente, invente uma solução (de preferência boa para os dois lados).
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Delegação de tarefas
“Faça já”, “veja como se faz” ou “agora é com contigo”?
Um das reclamações mais frequentes dos pequenos empresários é a falta de tempo para a realização das actividades necessárias. Muitas vezes isso acaba em levar trabalho para casa, faltar a refeições e depois de algum tempo até numa cama do hospital! Ao sugerir que deleguem algumas tarefas, sempre ouço como respostas: “Só eu sei fazer isto e ninguém mais”, “Só eu sei o que o Cliente quer”, “Já tentei delegar a outras pessoas, mas ninguém faz nada correcto, só eu”. Passei algum tempo a pensar sobre estas respostas e porque quase ninguém consegue delegar tarefas, ou quando delega, porque ninguém consegue fazê-la correctamente (aos olhos do empreendedor)... Não cheguei a resposta alguma! Então comecei a observar – em empresas, lojas, restaurantes, etc. – sempre que possível, como é que os pequenos empresários (ou chefes) delegavam as tarefas aos seus funcionários (subordinados). Percebi que em 99,9% dos casos, a delegação de uma tarefa acontecia ou pelo método do “Faça já!” ou pelo método “Veja como se faz!”. No primeiro caso aconteceu o seguinte: o chefe aproximava-se do funcionário, entregava um papel ou dava uma ordem verbal e em seguida dizia: “Faça já!”. No segundo caso, o chefe chamava o funcionário, com a intenção de ensiná-lo a fazer a tarefa e dizia “Veja como se faz!” e em vez de ensinar e deixá-lo prosseguir com a tarefa, fazia-a completamente (enquanto o funcionário ficava a olhar). Ao receber uma tarefa pelo método “Faça já!”, o funcionário pode não saber exactamente o que fazer, não entender exactamente o que deve ser feito ou ainda estar ocupado com outra coisa... Se uma dessas situações ocorrer, é quase certo que a tarefa não seja realizada correctamente ou ainda que seja “esquecida” e nem comece a ser feita. Já o método “Veja como se faz!” faz com que o funcionário veja o que deve ser feito e entenda o que deve ser feito. O único problema é que sem deixá-lo colocar a “mão na massa” não é possível ter a certeza se ele está apto a realizar, sozinho, a tarefa correctamente. Após analisar essas falhas, testei algumas maneiras diferentes de delegação de tarefas. O melhor resultado obtido foi com o método: “Agora é contigo!”. Basicamente, este método substitui a delegação de uma tarefa (delegada somente nos momentos críticos) pela delegação de uma responsabilidade (delegada independentemente do momento). Para que este método tenha sucesso, o chefe ou responsável deve começar por delegar a tarefa em momentos não críticos, ou seja, quando exista tempo disponível para ensinar. O primeiro passo deve ser explicar a tarefa ao funcionário, considerando os menores detalhes relacionados. Após verificar se ele entendeu o que deve ser feito, deve-se pedir para que ele realize a tarefa junto consigo: Ele faz e você observa, dando explicações e orientações quando necessário (mas sem colocar a mão na “massa”). Se a tarefa for complexa, peça que o funcionário anote as instruções dadas e os passos a utilizar na sua realização. Das próximas vezes que a tarefa precisar de ser executada, a regra é: NÃO A EXECUTE, MESMO QUE NÃO TENHA NADA PARA FAZER. Deixe que o funcionário faça e somente supervisione (a cada execução, diminua o grau de supervisão). Quando o funcionário estiver apto a realizar a tarefa sozinho, chame-o e diga: “A partir de agora é com consigo, a responsabilidade é sua”...A primeira vantagem deste método é que o chefe ou responsável não terá que se preocupar com essa tarefa no futuro (o que contribuirá para a redução da falta de tempo). Para o funcionário, ter uma responsabilidade permanente é um grande estímulo para o seu trabalho e uma espécie de prémio à sua inteligência e capacidade... ou seja, todos saem a ganhar... Lembre-se, que quanto mais tarefas delegar, mais tempo terá para gerir o seu negócio...
Um das reclamações mais frequentes dos pequenos empresários é a falta de tempo para a realização das actividades necessárias. Muitas vezes isso acaba em levar trabalho para casa, faltar a refeições e depois de algum tempo até numa cama do hospital! Ao sugerir que deleguem algumas tarefas, sempre ouço como respostas: “Só eu sei fazer isto e ninguém mais”, “Só eu sei o que o Cliente quer”, “Já tentei delegar a outras pessoas, mas ninguém faz nada correcto, só eu”. Passei algum tempo a pensar sobre estas respostas e porque quase ninguém consegue delegar tarefas, ou quando delega, porque ninguém consegue fazê-la correctamente (aos olhos do empreendedor)... Não cheguei a resposta alguma! Então comecei a observar – em empresas, lojas, restaurantes, etc. – sempre que possível, como é que os pequenos empresários (ou chefes) delegavam as tarefas aos seus funcionários (subordinados). Percebi que em 99,9% dos casos, a delegação de uma tarefa acontecia ou pelo método do “Faça já!” ou pelo método “Veja como se faz!”. No primeiro caso aconteceu o seguinte: o chefe aproximava-se do funcionário, entregava um papel ou dava uma ordem verbal e em seguida dizia: “Faça já!”. No segundo caso, o chefe chamava o funcionário, com a intenção de ensiná-lo a fazer a tarefa e dizia “Veja como se faz!” e em vez de ensinar e deixá-lo prosseguir com a tarefa, fazia-a completamente (enquanto o funcionário ficava a olhar). Ao receber uma tarefa pelo método “Faça já!”, o funcionário pode não saber exactamente o que fazer, não entender exactamente o que deve ser feito ou ainda estar ocupado com outra coisa... Se uma dessas situações ocorrer, é quase certo que a tarefa não seja realizada correctamente ou ainda que seja “esquecida” e nem comece a ser feita. Já o método “Veja como se faz!” faz com que o funcionário veja o que deve ser feito e entenda o que deve ser feito. O único problema é que sem deixá-lo colocar a “mão na massa” não é possível ter a certeza se ele está apto a realizar, sozinho, a tarefa correctamente. Após analisar essas falhas, testei algumas maneiras diferentes de delegação de tarefas. O melhor resultado obtido foi com o método: “Agora é contigo!”. Basicamente, este método substitui a delegação de uma tarefa (delegada somente nos momentos críticos) pela delegação de uma responsabilidade (delegada independentemente do momento). Para que este método tenha sucesso, o chefe ou responsável deve começar por delegar a tarefa em momentos não críticos, ou seja, quando exista tempo disponível para ensinar. O primeiro passo deve ser explicar a tarefa ao funcionário, considerando os menores detalhes relacionados. Após verificar se ele entendeu o que deve ser feito, deve-se pedir para que ele realize a tarefa junto consigo: Ele faz e você observa, dando explicações e orientações quando necessário (mas sem colocar a mão na “massa”). Se a tarefa for complexa, peça que o funcionário anote as instruções dadas e os passos a utilizar na sua realização. Das próximas vezes que a tarefa precisar de ser executada, a regra é: NÃO A EXECUTE, MESMO QUE NÃO TENHA NADA PARA FAZER. Deixe que o funcionário faça e somente supervisione (a cada execução, diminua o grau de supervisão). Quando o funcionário estiver apto a realizar a tarefa sozinho, chame-o e diga: “A partir de agora é com consigo, a responsabilidade é sua”...A primeira vantagem deste método é que o chefe ou responsável não terá que se preocupar com essa tarefa no futuro (o que contribuirá para a redução da falta de tempo). Para o funcionário, ter uma responsabilidade permanente é um grande estímulo para o seu trabalho e uma espécie de prémio à sua inteligência e capacidade... ou seja, todos saem a ganhar... Lembre-se, que quanto mais tarefas delegar, mais tempo terá para gerir o seu negócio...
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