Infelizmente, a grande maioria dos empreendedores acredita fortemente que as suas empresas são tão pequenas que seria uma grande perda de tempo fazer qualquer tipo de planeamento para o negócio. Para eles o importante é executar, e o quanto mais rápido melhor.
E é aí que mora o perigo: Sem planeamento, a “empresa” fica perdida e sem rumo. Como se fosse um barquinho no meio do oceano sem saber onde exactamente está e onde exactamente quer chegar.
Segundo pesquisas recentes, das empresas que faliram, 11% alegaram que foi por problemas de gestão e planeamento. E ainda: o sucesso de uma empresa sem planeamento é cerca de 20% menor (em valores monetários) do que de uma empresa bem organizada e controlada.
Naturalmente, é inviável ter um planeamento tão elaborado e complexo quanto as grandes empresas, afinal, grandes empresas possuem pessoas especializadas e que só fazem isso, enquanto nas pequenas dificilmente existem recursos suficientes mesmo para as actividades diárias.
Então, o que fazer?
Um dos métodos mais simples de planeamento (utilizado por grandes empreendedores, no início e em momentos de crise nas suas empresas) é um processo de três fases: Diagnóstico, planeamento e acção.
Antes de começar, deve-se definir qual é o negócio da empresa.
Na fase do diagnóstico, deve descobrir onde está posicionado: O que está fazer bem, o que não está bem e o que pode melhorar.
Para isso, responda e peça a alguns dos seus colaboradores para responderem às seguintes perguntas:
O que tem a empresa de bom?
O que tem a empresa de mau?
O que poderá ser melhorado?
O que a empresa poderia fazer e não faz?
Supomos algumas respostas para o exemplo da loja de animais:
- Bom: Atendimento de qualidade, veterinário conceituado e responsável;
- Mau: O estacionamento, alguma sujidade – proveniente dos pêlos;
- A melhorar: Sala de espera, gaiolas;
- A fazer: Táxi-Dog, cartão de fidelização.
Na maior parte das vezes, o resultado deste tipo de diagnóstico é extremamente negativo e desesperador: isto acontece por que as pessoas têm uma tendência para considerar como mais importante os aspectos negativos comparativamente aos positivos. Por outro lado, este diagnóstico também revela alguns pontos que, apesar de serem verdadeiros, são difíceis de aceitar.
De posse dos resultados (em tópicos), você deve – juntamente com colaboradores – criar alternativas de solução para reverter os pontos menos bons ou maus, melhorar o que pode ser melhorado e fazer o que pode ser feito. Incentive os participantes a não interromper nem criticar nenhuma ideia, por mais absurda que pareça (nessas ocasiões sempre aparecem ideias muito criativas e de baixo custo).
Para o tópico sujidade – proveniente dos pêlos;
Opções: Passar o aspirador após cada banho/corte; Manter a porta fechada; Varrer o chão; Colocar os pêlos no lixo durante o processo; Utilizar um produto para que os pêlos fiquem colados no chão;...
Analise, para cada tópico, as alternativas possíveis (misture-as se necessário) e defina a melhor delas.
Melhor opção: Agrupar os pêlos num canto da mesa e depois retirá-lo com aspirador.
Defina quais os tópicos prioritários, defina os responsáveis, estipule prazos. Lembre-se que não adianta tentar mudar tudo de uma vez (além da falta de recursos, as pessoas são avessas a mudanças).
Finalmente, inicie o processo de execução. Execute de acordo com o tempo e recursos disponíveis. Mas não se esqueça de fazer primeiro o mais importante (para a empresa e não para você). Verifique os resultados diariamente ou semanalmente e seja flexível a alterações no planeamento. O importante é que no próximo diagnóstico, os pontos fracos da sua empresa passem a ser os pontos fortes. E assim sua empresa vai melhorando, tornando-se mais competitiva...
sexta-feira, 21 de março de 2008
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